A variação social ou diastrática constitui um dos tipos de variação linguística a que os falantes são submetidos. São as diferenças entre os estratos socioculturais (nível culto, nível popular, língua padrão), ou seja, são as variações que acontecem de um grupo social para outro. Relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Assim, é possível apontar alguns fatores relacionados às variações de natureza social: a) classe social; b) idade; c) sexo.

Observemos alguns exemplos indicativos dos fatores:

- O uso de dupla negação, como em “ninguém não viu”, indica a fala de grupos situados abaixo na escala social.

- presença de [r], em lugar de [l], em grupos consonantais, como em “brusa” (blusa) e “grobo” (globo), também sugere que os falantes estão situados abaixo na escala social ou possuem baixo grau de letramento.

- o uso do léxico particular, como presente em certas gírias (“maneiro”, “esperto”, com o sentido de avaliação positiva acerca das coisas, pessoas e situações), denota faixa etária jovem;

- o uso do pronome “tu” em situações de interação entre iguais no Rio de Janeiro, como em “Tu viu só?”, também sugere que os falantes são jovens.

- a duração de vogais como recurso expressivo, como em “maaaravilhoso”, costuma ocorrer na fala de mulheres (Camacho, 1978), assim como o uso freqüente de diminutivos, como “bonitinho”, “vermelhinho”.

Referências:

• (Adaptado de ALKMIM, Tânia Maria. “Sociolingüística”. In: Introdução à lingüística: domínios e fronteiras, v.1/Fernanda Mussalim, Anna Cristina Bentes (orgs.) – São Paulo: Cortez, 2001).

Estudante: Ana Géssica dos Santos Gadelha

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