Archives

Português, Nossa Língua Gloriosa

Entrevista realizada por Alexandre Alves da Silva.

Gisela Marina da Purificação de Melo tem 24 anos, nasceu e vive em Maputo, Moçambique, é estudante de 3º ano de Gestão de Empresas no ISCTEM – Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique, é funcionária do BCI – Banco Comercial e de Investimentos, sua língua materna é Shangana, mas fala português e inglês como segundas línguas.

Sua língua materna é Shangana, para começar, como se diz bom dia em Shangana?

Xlekane.

Qual das línguas que fala é sua preferida?

O português com certeza é minha língua preferida, é a que mais falo. Apesar das muitas línguas que temos é a única oficial do país. A língua de nosas canções, de nossos poetas. De nossa terra é a língua gloriosa.

Quais seus passatempos preferidos?

Jogar Voleibol, escutar música, ler e assistir filmes.

Filmes? Cinema moçambicano?

Não, o cinema nacional ainda caminha a passos curtos. Assisto mais a filmes brasileiros e americanos.

Que livros você lê?

Gosto de ler livros científicos, romances de Paulo Coelho, também as obras de Mia Couto e José Craveirinha.

E que músicas você costuma escutar?

Música brasileira (Bossa Nova), Pop Rock, romântica, Jazz moçambicano (Stuwart Sukuma e Jimmy Dlhudlhu).

Quais são as datas comemrativas mais importantes de seu país?

25 de junho de 1975, dia da independência. 7 de abril, dia da Mulher Moçambicana e 4 de Outubro de 1994, Assinatura do Acordo Geral de Paz entre FRELIMO e RENAMO.

FRELIMO, RENAMO? O que quer rem dizer essas siglas? Que Acordo Geral de Paz foi esse?

Sim, a FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique, foi uma força política fundada em 1962, com o objetivo de lutar pela independência de Moçambique. Em 1978, três anos após a Independência, o movimento decidiu transformar-se em partido
político, de cunho marxista-leninista.

RENAMO – Resistência Nacional Moçambicana, surgiu como reação ao partido único no poder, a FRELIMO, organizando um movimento armado que durou 16 anos. O Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, a 4 de Outubro de 1992, por Joaquim Chissano, presidente de Moçambique e representante da FRELIMO, Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO e por representantes dos mediadores, a Comunidade de Santo Egídio, da Itália, e pôs fim aos 16 anos de guerra civil.

Quais os maiores heróis do país?

Eduardo Mondlane, herói da revolução pela independência de Moçambique, certamente ele é o maior herói, infelizmente morreu assassinado por uma carta bomba. Samora Moisés Machel, nosso segundo presidente e também um herói da revvolução, sua esposa Graça Machel Mandela que lutara am ao lado de Mondlane pela independência do país.

Quando Samora foi morto ela mudou-se para África do Sul e mais tarde tornou-se a mulher do grande Nelson Mandela, com quem vive até hoje. Samora também foi assassinado, seu avião foi sabotado, e os culpados até hoje são um mistério. Joaquim Alberto Chissano, nosso último presidente que assinou o Acordo Geral de Paz e acabou com uma guerra que castigou o país por 16 anos.

Quais as principais comidas típicas de seu país?

Matapa (feita de folhass de abóbora). Caril de amendoim. Frango a zambeziana (frango grelhado com molho de côco).

Qual a moeda do país?? Qual a relação o Real?

Metical (MT). R$ 1,00 = M MT 12,23

Qual o valor do salário mínimo? Dá pra viver bem com esse dinheiro?

MT 2000,00.

Qual a base da economia do país?

Agricultura e pesca, começça a depender um pouco do turismo.

Quais são as relações e influências entre nossos países?

Culturais. Sendo que a mússica, obras literárias, novelas e músicas do Brasil fazem parte de nosso dia a dia.

Qual a principal religião do país? Qual a influência destas na vida das pessoas?

Islamismo, Cristianismo, e o Hinduismo. Elas influenciam muito na vida a de todos, especialmente o Islamismo que ensina sobre e como devem ser os hábitos, modo de vestir e cultura de seus adeptos.

Faça o download desta entrevista no formato PDF:

Clique aqui para baixar o documentário

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Conversando sobre Guiné

Entrevista realizada por Francisca Lúcia de Sousa Aguiar.

1. Nome:

Agnelo Pinto.

2. Idade:

24 anos.

3. Formação acadêmica:

Ciências Contábeis.

4. Profissão:

Estudante.

5. Qual a língua oficial falada em seu país?

A língua oficial falada é o Português, mais existe outro dialeto que é chamado Criolo que a gente interage entre nós.

6. Qual o estilo de música mais ouvido e os cantores mais destacados?

O estilo de musica utilizado na guiné é zouk e gumbé

7. Quais novelas são mais assistidas?

As novelas mais assistidas são da Record, é direto, que oferece a imagem pra gente, mais sempre a gente assiste a da Globo também.

8. Quais os esportes mais praticados no país?

O africano é apaixonado pelo futebol e atletismo

9. Aqui no Brasil a cultura é bastante marcada por festivais de época, como festas juninas, carnaval e outros. E em seu país o que mais marca a cultura?

São as festas religiosas, onde, nos dias do festejo todas as camadas de classes sociais e políticos saem às rua festejando, onde cada qual mostra a cultura da sua etnia, e fica desfilando nas avenidas.

10. Qual é a religião predominante de Guiné?

Sem dúvidas é a Católica, mas há várias igrejas protestantes.

11. Como é o tratamento familiar? Os jovens moram com seus pais até o período do casamento?

Pois agente tem o hábito de morar com os pais até 18 anos, sentindo-se adulto, sai de casa para morar sozinho.

12. Na culinária, quais os pratos típicos de seu país?

São variadissímas, os pratos bem típicos são: o caldo denden e o pitch patch e outros.

13. E a refeição do café-da-manhã? Aqui do Brasil, por exemplo, comemos geralmente café como pão ou tapioca.

Tem um pouco de diferença, pois a gente toma café, mas não é o nosso hábito, de manhã comer pão, mandioca, kus kus que é tapioca.

14. Quais as diversões mais comuns praticadas pelos jovens?

As festas mais comuns de se divertir são Natal, final do ano e carnaval.

15. Qual o tipo de leitura que costuma fazer: jornais, revistas, livros ou outros?

Eu costumo mais inteirar pela internet.

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Jus: um retrato das múltiplas faces de Guiné-Bissau

Entrevista realizada por Maria Adelaide Guilherme Souza.

Jus Fernandes Embassá, 26 anos, é um típico africano: negro, alto e bonito. Estudante de enfermagem, há 15 meses no Brasil, apaixonado por seu país, revela seu maior sonho: contribuir, juntamente com seus compatriotas que aqui estudam, para o desenvolvimento econômico de seu país, Guiné-Bissau.

Adelaide: Olá, Jus! Seu nome é bonito. Qual a origem dele?

Jus: Primeiro boa tarde, muito obrigado pela oportunidade de fazer uma entrevista com você. Meu nome “Jus” é de origem portuguesa. Quando meu pai estava fazendo direito se inspirou na palavra “justiça” e colocou esse nome em mim.

Adelaide: Uma das coisas mais ricas de um país é a culinária. Qual a comida típica de Guiné Bissau?

Jus: Bom de comida eu não entendo muito bem, mas tem o caldo de xebel que pode ser feito com carne ou com peixe e é bastante popular porque é gostoso e natural.

Adelaide: Os ritmos africanos influenciaram bastante a cultura brasileira. Qual é o ritmo que quando se toca ninguém fica parado em Guiné Bissau?

Jus: É a música gumbé.

Adelaide: Você gosta de música brasileira?

Jus: Sim.

Adelaide: Que tipo?

Jus: Gosto muito da música e do ritmo do “Diante do Trono”, um grupo que canta músicas Evangélicas.

Adelaide: E música popular você gosta de quê?Axé, forró, sertanejo?

Jus: Desse tipo gosto mais de banda Calipso, porque tem uma maneira, uma forma de fazer solo que é quase universal. Parece muito com o ritmo de meu país.

Adelaide: Você pratica algum esporte?

Jus: Pratico e adoro o futebol! O povo de Guiné Bissau adora!

Adelaide: É febre?

Jus: É febre! (risos).

Adelaide: Falando em política, como é o sistema de governo guineense?

Jus: É democrático. Ocorre eleições diretas de quatro em quatro anos, eleições presidenciais e legislativas.

Adelaide: Qual a religião predominante em Guiné Bissau?

Jus: Guiné Bissau é um pais livre, tem a existência de todas as religiões e também há liberdade para se fazer evangelizações. Há paises na África que não é permitido nem ao menos tu andar com a Bíblia na mão na rua. Guiné Bissau é predominantemente católico seguido de evangélicos e mulçumanos. Essas três religiões são as que tem mais destaque.

Adelaide: Há alguma data comemorativa que seja relacionada diretamente com a identidade do povo guineense?

Jus: Pois è, tem, é a data da nossa Independência. Em 24 de setembro de 1974 se deu a Proclamação da Independência de Guiné Bissau.

Adelaide: Conta um pouco sobre o carnaval de seu país.

Jus: O carnaval em Guiné Bissau é universal, mais ou menos na mesma data que é aqui no Brasil. Tem fantasias e blocos.

Adelaide: Se eu fosse à Guiné Bissau que ponto turístico eu não poderia deixar de visitar?

Jus: Ilha de Bubaque, uma ilha WWW e interessante da América, Europa em outros lugares do mundo e temos ainda a capital que tem uma praia que fica a 60 quilômetros tipo ilha mas que tem uma fronteira vizinha.Aquarela também é um ponto turístico.

Adelaide: O que tem em Guiné Bissau que você ainda não viu no Brasil?

Jus: Ilhas. Em Guiné Bissau temos mais de 60 ilhas e aqui no Brasil não vi nenhuma.

Adelaide: É, apesar de haver bastantes ilhas em toda a costa brasileira, não chegam a ser tantas assim.

Jus: E em Guiné Bissau são ilhas bem grandes, bem grandes, em cada ilha tem praia e casas de praia.

Adelaide: Qual lugar que você foi aqui no Brasil, achou muito bonito mas que não tem em Guiné Bissau?

Jus: Essa pergunta é muito importante!Quando cheguei aqui o primeiro lugar em que eu fui foi no Shopping Benfica. Em Guiné Bissau não tivemos a oportunidade de construir um shopping e o nosso grupo que veio estudar aqui temos essa intenção de construir um o mais rápido possível. Esse é o meu maior orgulho de fazer lá o que eu vi aqui e que não tem lá.

Adelaide: Falando em economia, qual é a moeda utilizada em Guiné Bissau?

Jus: É o franco Cefa da comunidade financeira africana.

Adelaide: Como é o câmbio em relação ao dólar ou ao real?

Jus: Bom, esse câmbio é muito complicado: primeiro tu passa de franco pra dólar e depois de dólar pra reais, então é muito difícil, ainda mais agora que o dólar está variando muito. Mas pra tu comprar um objeto, uma moto por exemplo é muito mais barato lá do que aqui. Se com cinco mil reais tu compra uma moto aqui, lá tu compra duas com o mesmo valor, as ligações telefônicas de lá pra cá também são bem mais baratas que ligar daqui pra lá.

Adelaide: Qual foi o teu primeiro contato com a língua portuguesa?

Jus: Eu comecei a aprender português na escola aos sete anos de idade. Com certeza o nosso país só fala português na escola, no trabalho, nesses lugares assim mais formais, mas em casa e ás vezes até no trabalho mesmo se fala é o crioulo.

Adelaide: Foi difícil aprender português?

Jus: Não, porque o crioulo é um tipo de português, um português sem regra, então se tu já aprendeu falar o crioulo fica mais fácil aprender falar o português. Quando a gente vai a escola aprende primeiro a ler em crioulo e depois em português. Como algumas palavras são muito parecidas, falando em crioulo quem fala português dá pra entender alguma coisa e falando em português quem fala crioulo dá pra entender alguma coisa.

Adelaide: Qual palavra você achou mais fácil aprender em português?

Jus: Pois é, eu gosto de GLÓRIA A DEUS, BOM DIA...

Adelaide: E uma palavra que você achou difícil de aprender ou algum aspecto lingüístico que você tenha achado diferente?

Jus: Como o crioulo é muito parecido com o português não achei nenhuma palavra difícil, mas em crioulo a maioria das palavras tem acento mudo que às vezes ocorre uma junção tipo em “eu vou” dizemos em crioulo tudo junto “nabai”.

Adelaide: No Brasil colônia durante mais de duzentos anos se falava a língua geral que foi proibida em 1758 pelo Marques de Pombal e aos poucos foi desaparecendo. Que sentimentos desperta em vocês guineenses a permanência do crioulo até os dias de hoje como língua mais falada em seu pais?

Jus: É como se fosse a identidade de nosso povo,é motivo de orgulho. O crioulo foi uma língua inventada por nossos antepassados quando eles estavam passando por uma crise: a gente estava dependente de Portugal, então qualquer coisa que a gente precisava tinha de ir tratar diretamente com os portugueses. Dessa forma em Guiné Bissau nossos antepassados estavam muito bloqueados pra fazer qualquer coisa, então pra eles tentar fazer alguma coisa e não dar se a entender para português eles inventaram essa língua. Essa invenção de duas ou três pessoas foi se expandindo até se tornar uma língua, o criolo, o português mal falado. Mesmo quando a gente se reúne aqui no Brasil no Shopping ou no RU, a gente não fala português, fala a nossa língua e os brasileiros ficam olhando pra gente sem saber o que a gente tá falando (risos), mas isso é natural.

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Impressões cabo-verdianas

Entrevista realizada por Gessyca Oliveira.

Silvanilda Delgado, 27 anos, estudante cabo-verdiana de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará, reside em Fortaleza desde 2005 com outras estudantes de seu país natal. E durante esses anos de residência no Brasil, a estudante estrangeira passou por mudanças lingüísticas como forma de adaptação ao Brasil, reforço de algumas percepções em relação ao país, assim como também frustrações em relação a algumas delas.

Em fase de monografia e prestes a voltar para Cabo Verde, Silvanilda concedeu a entrevista via e-mail:

Gessyca: Por que você escolheu o Brasil para vir estudar?

Silvanilda: De varias opções,entre outros países que eu tinha a escolher,optei pelo Brasil ,primeiramente,devido à facilidade da língua, pois a minha língua oficial é português; depois,devido as coisas que eu via na midi, logo me identifiquei com esse país; e, por final, devido ao curso que vim fazer aqui,que é publicidade e propaganda,que eu tinha informações que o Brasil é um dos melhores nesse ramo.

Gessyca: Quais expectativas você teve antes de vir para cá e quais as frustrações?

Silvanilda: As expectativas que eu tive é que chegaria num país,mais precisamente em Fortaleza, onde iria encontrar coisas novas , ou seja ,maravilhas, iria encontrar pessoas simpáticas, um lugar lindo, que não fugisse muito da minha realidade,pois Cabo Verde tem muitas coisas parecidas com o Brasil. Só que infelizmente como tudo na vida não é maravilhas,tenho varias coisas que deixo muito a desejar, tais como: essa simpatia que falam do povo cearense,acho que é a mídia que o criou, porque quase que não vivi isso aqui, e também não sei se é pelo “facto” de ser Africana mas aqui muitas pessoas não são nada simpáticas com a gente, ainda tem essa coisa na mente que África é um pais pobre,cheio de doenças, então ficam com medo de passar-lhes algo.

Gessyca: Quais as semelhanças culturais entre seu país e o Brasil?

Silvanilda: Bom, as semelhanças culturais são muitas, devido ao “facto” de que a cultura brasileira surgiu de escravos africanos. No que se pode considerar muito parecido com a nossa cultura é primeiramente a questão da festa,os dois países adoram da mesma forma uma boa festa, ou seja, tudo é motivo de comemoração. Tem o costume do carnaval, tem também a questão da culinária que tem varias coisas parecidas tais como: daqui do Ceará, temos o mugunzá,que é parecido com um prato típico do nosso pais que é a “catchupa”, a cachaça que lá também é muito produzida, mas com o nome de “aguardente”.

Gessyca: Como as pessoas de Cabo Verde vêem o Brasil?

Silvanilda: As pessoas vêm o Brasil como um país que pertence a Cabo Verde, isso porque? Bom isso é principalmente pelo “facto” de Fortaleza estar ligada a Cabo Verde pela via aérea num curto espaço de tempo,que é de 15h45mn de avião, depois tem o que é mostrado pela mídia: eles vêem o Brasil como o paraíso onde se pode passar umas boas férias.

Gessyca: Quais as línguas faladas em Cabo Verde?

Silvanilda: Em Cabo Verde temos a nossa língua materna que é o “crioulo”, que usamos no dia-dia,na rua com os amigos,familiares etc, e temos o Português que se usa nas instituições e na mídia.

Gessyca: Quais as dificuldades encontradas no português do Brasil em relação à fala e a escrita?

Silvanilda: As dificuldades foram muitas, primeiramente na rua devido aos termos que as pessoas gostam de usar,muitas vezes me faziam confusão, e na questão da sala de aula também encontrei algumas,principalmente na escrita, isso porque lá em Cabo Verde usamos o português de Portugal, que é bem diferente do que se usa aqui, e depois quando os professores falavam pouca coisa eu entendia,porque falavam rápido e complicado.

Gessyca: Sofreu dificuldades de adaptação ao país?

Silvanilda: Não. Só a saudade que me perturbava.

Gessyca: Sofreu algum tipo de preconceito pelo fato de ser estrangeira?

Silvanilda: Sim. Na faculdade sempre haviam pessoas que ficava meio desconfiadas. Isso porque a faculdade aqui é muito concorrida para se conseguir entrar, então achavam que viemos aqui pegar os lugares deles, mas só que depois de lhes explicar como entramos aqui nas faculdades Brasileiras, que é através de um convênio que existe,então já ficavam mais tranqüilos.

Gessyca: O que o Brasil tem de positivo e de negativo?

Silvanilda: De negativo, Fortaleza, que é o lugar que conheço e onde vivo, tem uma grande falta de saneamento, e de mais cuidados com a via pública,isso porque é um lugar muito sujo. E de positivo, tem as festas, as praias, algumas pessoas.

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Enaida da Silva - estudante de Guiné-Bissau

Entrevista realizada por Janayna Maciel.

Enaida da Silva, no Brasil há três anos, é uma simpática guineense de 24 anos que estuda Pedagogia na Universidade Federal do Ceará.

1. O que você veio fazer no Brasil?

Vim estudar. Consegui uma vaga por meio de intercâmbio. Estou cursando o sétimo semestre de Pedagogia, na Universidade Federal do Ceará, na verdade, gostaria de ter feito Relações Internacionais, mesmo assim, já estou me identificando com o curso.

2. O que você mais gosta no Brasil?

Das praias, apesar de não visitá-las há muito tempo.

3. Algo que você estranhou ao chegar...

O modo como as pessoas se tratam. Nos primeiros dias de aula, quando chegava na faculdade, falava com todos mesmo sem conhecer, porque faz parte do nosso costume, mas depois percebi que as pessoas chegam e sentam nos seus lugares sem falar com ninguém.

4. Pretende voltar para o seu país para aplicar o que aprendeu aqui?

Pretendo. Penso em trabalhar no S.O.S das Crianças, uma espécie de orfanato.

5. Quando foi o seu primeiro contato com a Língua Portuguesa?

O meu primeiro contato foi na escola, já que em casa fala-se Crioulo e até em lugares como igrejas ele é usado junto com o Português. Além do Crioulo e do Português, há outras línguas particulares a cada etnia, falada geralmente pelos mais velhos. Eu não sei falar a língua da minha etnia.

6. Você gosta de futebol?

Sim. E embora não saiba jogar, tento. Fui até para Canindé com um time de amigas mostrar meu futebol.

7. Qual a comida que é a cara de Guiné Bissau?

Feijoada, com certeza.

8. Você pratica alguma religião?

Sim, sou católica.

9. Qual a manifestação cultural mais comum em Guiné Bissau?

A música e a dança, no entanto, é muito mais comum que as pessoas ouçam música do que dancem.

10. Para finalizar, gostaria de saber se a mulher em Guiné Bissau conquistou espaço como aconteceu no Brasil.

Sim. Mas isso varia de uma região para outra, na capital as mulheres são muito mais independentes que as do interior, embora o direito ao voto tenha sido uma conquista comum a todas.

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Aladje - uma voz de Guiné-Bissau

Entrevista realizada por Fúlvio Saraiva.

Nome completo: Aladje Mutaro Embalo

Idade: 23

Cidade: Fortaleza

Curso: Letras Português e Literaturas (UFC)

Nacionalidade: Guineense

1. Por favor fale sobre a diferença entre o modo de falar de seus pais e o modo dos jovens da sua idade de Guiné-Bissau.

A diferença que existe entre modo de falar dos meus pais, é que eles falavam só um dialeto étnico chamado fula, porque o povo guineense é um povo mais de 20 etnias que habitam o território da Guiné-bissau cada etnia tem o seu dialeto, esta dividido por região.

Enquanto os jovens da minha idade não falam só os dialetos étnicos, porque os jovens têm grande oportunidade no mundo de hoje que nunca os meus pais tiveram, pelo menos, os jovens da minha idade falam crioulo que é considerado uns dos dialetos nacionais, que mantem comunicação entre as etnias guineense, e não só crioulo e outras línguas internacionais para enfrentar o mercado mundial no caso de inglês, francês e espanhol etc... O português é a língua oficial da Guine-Bissau os dados revelam só 10% das pessoas que utiliza o português o restante da população fala inúmeros dialetos considerado como língua materna.

2. Como se estabelece a relação com o português falado em Guiné-Bissau e o português falado no Brasil?

O português falado aqui não é o mesmo falado na Guine-Bissau, por isso a necessidade de se estabelecer um acordo via C.P.L.P. para que, em breve, haja a redução dessas variações lingüísticas. Há de se respeitar, ainda, a influencia da regionalização no modo de falar, até porque, não é assinando um papel que tudo mudará: pelo contrario, as mudanças só serão possíveis por meio do dialogo e do consenso.

3. Que tipo de dificuldades você encontrou no português do Brasil?

A dificuldade que eu encontrei no português do Brasil é grande por falta de adaptação na escrita ate no modo de falar dos brasileiros. Quando eu cheguei ao Brasil não mim entendia nada, para mim os brasileiros fala muito rápido, relações agente, também os chuta que de vocês mim dificultou muito no ato de compreensão. Mas conforme o tempo no território brasileiro eu estou costumando de maneira de falar de vocês, através do contato do dia a dia conversando com as agentes e muito mais. Todos guineense que chega aqui depara com essas dificuldades, mas agente entende por causa diferença que existe entre os dois paises da mesma língua português.

4. Que idioma predomina em Guiné-Bissau e com que freqüência o português é utilizado?

Se há idioma majoritária, esse é o crioulo, ou língua guineense, que é falado por aqueles que vivem na capital e nos centros urbanos, embora conservem a língua autóctone, da própria etnia, como o principal veiculo de comunicação. Por isso, o português é utilizado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais.

5. Em relação ao ensino da língua portuguesa, que diferenças você poderia anotar entre Guiné-Bissau e o Brasil?

Com uma taxa de analfabetismo que esta atualmente ao redor de 60% e uma rede escolar em estado precária, é um país que conta ate hoje com nenhuma livraria e dispõe apenas de uma editora privada, alem de uma fundação que, mantido por cooperação sueca, edita livros didáticos. Um país cujo idioma oficial o português, não é uma língua corrente, já que é falado por dez por cento de uma população, que esta dividida em pelo menos mais de 20 línguas étnicas.

6. Fale sobre coisas que você acha importante para quem venha a ler esta entrevista.

A entrevista tem grande importância para quem tem contato com ela. Para mim dá para entender que o ensino brasileiro esta cada vez, mas contribuindo de forma de ajudar melhorar o sistema do ensino da Guine-Bissau não só na Bissau em todos os paises áfrica da língua oficial portuguesa. Eu agradeço no fundo do meu coração fiquei muito alegre com esta entrevista.

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Verbete e Metalinguagem

Verbete¹: Gênero textual que apresenta um conceito, uma definição, que varia de acordo com a concepção teórica, e que pode ter como suporte um dicionário ou uma enciclopédia.

Verbete²: 1. Nota, apontamento. 2. Palavra ou expressão dum dicionário ou enciclopédia com o (s) significado (s) e outras informações.

Metalinguagem: Em lógica e lingüística, metalinguagem é uma linguagem usada para descrever algo sobre outras linguagens (linguagem objeto)

Referências:

• FERREIRA, Aurélio B. de Holanda. MiniAurélio: o minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 790 p.

Wikipédia - Metalinguagem.

Estudante: Edimilson Gomes da Silva Filho

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Variações Diastráticas

A variação social ou diastrática constitui um dos tipos de variação linguística a que os falantes são submetidos. São as diferenças entre os estratos socioculturais (nível culto, nível popular, língua padrão), ou seja, são as variações que acontecem de um grupo social para outro. Relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Assim, é possível apontar alguns fatores relacionados às variações de natureza social: a) classe social; b) idade; c) sexo.

Observemos alguns exemplos indicativos dos fatores:

- O uso de dupla negação, como em “ninguém não viu”, indica a fala de grupos situados abaixo na escala social.

- presença de [r], em lugar de [l], em grupos consonantais, como em “brusa” (blusa) e “grobo” (globo), também sugere que os falantes estão situados abaixo na escala social ou possuem baixo grau de letramento.

- o uso do léxico particular, como presente em certas gírias (“maneiro”, “esperto”, com o sentido de avaliação positiva acerca das coisas, pessoas e situações), denota faixa etária jovem;

- o uso do pronome “tu” em situações de interação entre iguais no Rio de Janeiro, como em “Tu viu só?”, também sugere que os falantes são jovens.

- a duração de vogais como recurso expressivo, como em “maaaravilhoso”, costuma ocorrer na fala de mulheres (Camacho, 1978), assim como o uso freqüente de diminutivos, como “bonitinho”, “vermelhinho”.

Referências:

• (Adaptado de ALKMIM, Tânia Maria. “Sociolingüística”. In: Introdução à lingüística: domínios e fronteiras, v.1/Fernanda Mussalim, Anna Cristina Bentes (orgs.) – São Paulo: Cortez, 2001).

Estudante: Ana Géssica dos Santos Gadelha

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Variação Linguística

A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagem sistemática e coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um deles é a língua. Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nível cultural e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente.

Conceito

Variedade é um conceito maior do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolingüística usam o termo leto, aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos, são exemplos dessas variações:

• dialetos (variação diatópica?), isto é, variações faladas por comunidades geograficamente definidas.
• idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num sentido mais geral);
• socioletos, isto é, variações faladas por comunidades socialmente definidas
• linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da educação
• idioletos, isto é, uma variação particular a uma certa pessoa
• registros (ou diátipos), isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões
• etnoletos, para um grupo étnico
• ecoletos, um idioleto adotado por uma casa

Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distingüidos não apenas por seu vocabulários, mas também por diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da linguagem.

Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática da linguagem padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses freqüentemente usam modos gramaticais, como o modo subjuntivo, que não são mais usados com freqüência por outros falantes. Muitos registros são simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargão).

É uma questão de definição se gíria e calão podem ser considerados como incluídos no conceito de variação ou de estilo. Coloquialismos e expressões idiomáticas geralmente são limitadas como variações do léxico, e de, portanto, estilo.

ESPÉCIES DE VARIAÇÃO

Variação Histórica

Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivo. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado.

Variação Geográfica

Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões lingüísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças lingüísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas.

Variação Social

Agrupa alguns fatores de diversidade: o nível sócio-econômico, determinado pelo meio social onde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o sexo. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o nível sócio-econômico de uma pessoa, e há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior prestígio.

Variação Estilística

Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de comunicação: se está em um ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo sobre as normas lingüísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita e falada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.

As diferentes modalidades de variação lingüística não existem isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser vista como uma variante social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o meio rural, por ser menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O conhecimento do padrão de prestígio pode ser fator de mobilidade social para um indivíduo pertencente a uma classe menos favorecida.

Referências:

• CAMACHO, R. (1988). A variação lingüística. In: Subsídios à proposta curricular de Língua Portuguesa para o 1º e 2º graus. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, p. 29-41.

Estudante: João Bayma Neto

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Universais Linguísticos

Traços semelhantes entre várias línguas tornando-as próximas em um ou outro aspecto. Termo muito utilizado pela gramática gerativa, de Chomsky. Ex1: o verbo e o substantivo; estruturas presentes em todas as línguas. Ex2: a dupla articulação é característica de todas as línguas.

Referências:

• Adaptado de DUBOIS, Jean. Dicionário de Linguística. São Paulo: Cultrix, 1993).

Estudante: Leonildo Cerqueira Miranda

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Suarabacti ou Anaptixe

Suarabacti (palavra oriunda do sânscrito), também conhecida como Anaptixe (palavra oriunda do grego); designa um processo que consiste no desenvolvimento de uma vogal de apoio entre um grupo consonântico (de consoantes). Esse processo pode ser observado na linguagem popular,em palavras como advogado que pode ser pronunciada como adevogado, psicologia que pode ser pronunciada pisicologia,entre outras.

Referências:

• Câmara Jr., J.Matoso. Dicionário de lingüística e gramática, Vozes, 1981.

• Azevedo de, Sânzio. Para uma teoria do verso, edições UFC, 1997.

Estudante: Margarene Araújo da Silva

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Sinérese

É a fusão de vogais intravocabulares, ou seja , a ditongação de um hiato; é como se denomina a contração de duas vogais em um ditongo (ou uma vogal longa);é o que ocorre quando pronunciamos um hiato como se fosse um ditongo; fenômeno fonético que consiste na transformação em ditongo de duas vogais contíguas e com o mesmo timbre, por mudança da última delas para uma semi-vogal.

Referências:

• DE AZEVEDO, Sânzio. Para uma teoria do verso. Fortaleza, Edições UFC, 1997.

Wikipédia.

Infopédia.

Recanto das Letras.

Estudante: Kelly Henrique Tamiarana

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Sinédoque

s.f. Ret. É a substituição de um termo por outro, em que os sentidos destes termos têm uma relação de extensão desigual (ampliação ou redução). Tropo fundado na relação de contiguidade e que consiste em tomar a parte pelo todo, a matéria pela forma, a espécie pelo gênero, o concreto pelo abstrato, o singular pelo plural, a classe pelo indivíduo, ou vice – versa.[ é abrangida pela metonímia].C.f.metonímia.

Referências:

Wikipédia.

• Enciclopédia Larousse.

Estudante: Ana Carla Cavalcante Pio

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Segunda Língua

Língua não-nativa dentro de fronteiras territoriais em que ela tem uma função reconhecida; Língua oficial e indispensável para participação na vida política e econômica do Estado. Por ser língua do país, disponibiliza geralmente bastante input e, por isso, pode ser aprendida sem recurso à escola.

Exemplo: Falantes da língua maSena do norte de Moçambique que tem como segunda língua, o Português.

Referências:

• STERN, Hans Heinrich Stern. Fundamental Concepts of Language Teaching, Oxford. 1983. OUP.

• LEIRIA, Isabel. Português Língua Segunda e Língua Estrangeira – Investigação de Ensino.

Estudante: Alexandre Alves da Silva

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Política Linguística

A Política lingüística (PL) nasceu como área de estudos na década de 1960 e preocupa-se com a relação entre o poder e as línguas, ou mais propriamente, com as grandes decisões políticas sobre as línguas e seus usos na sociedade, que línguas podem ou não podem ser usadas em determinadas situações, oficiais ou não; em como línguas são promovidas ou proibidas, a partir de ações sobretudo do Estado sobre seus falantes (política de status); em como línguas são instrumentalizadas para determinados usos (política de corpus).

As Políticas Lingüísticas durante muito tempo foram vistas como uma incumbência exclusiva do Estado e também são conhecidas nos meios científicos com a denominação de Planificação Lingüística.

O Planejamento Lingüístico, ou seja, a Planificação Lingüística é a implementação das Políticas Lingüísticas, uma ação de vários agentes sociais e/ou agentes da sociedade civil preocupados com a existência, a conservação, a não-morte das línguas não-oficiais, das línguas que não estão sendo consideradas pelo poder de um Estado Central.

A intervenção humana na língua ou nas situações lingüísticas não é uma novidade porque sempre houve indivíduos tentando legislar, ditar o uso correto ou intervir na forma da língua. De igual modo, o poder político sempre privilegiou essa ou aquela língua, escolhendo governar o Estado numa língua ou mesmo impor à maioria a língua de uma minoria. Nosso grande exemplo deste caso, no Brasil, vem da implantação da primeira Política Lingüística para o país, saída dos gabinetes portugueses em Lisboa, mais especificamente da ordem do Marquês de Pombal quando, ignorando a imensa população que, no Brasil, falava a Língua Geral, por desentendimentos políticos com os Jesuítas, a proibiu de ser usada, implantando a Língua Portuguesa como a única para o Brasil-Colônia. Nesse sentido, Política Lingüística é a determinação das grandes decisões referentes às relações entre as línguas e a sociedade.

Referências:

• CALVET, Louis-Jean (2007). As Políticas Lingüísticas, São Paulo: Parábola.

Estudante: Viviane Araújo Souza

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Pidgin

É uma língua de emergência, sua utilização é conseqüência de uma miscelânea de línguas diferentes. Surge da necessidade de falantes de línguas distintas estabelecerem situações comunicativas. Dessa forma, o pidgin não pode ser considerado uma língua materna.

Apesar do conceito ser originário da Europa esta palavra é derivada da pronúncia chinesa para a palavra inglesa Business (negócio). Pidgin English, ou "inglês pidgin", era o nome dado ao pidgin feito da mistura entre o chinês, o inglês e o português utilizada para o comércio em Cantão durante os séculos XVIII e XIX. Alguns estudiosos questionam esta derivação da palavra pidgin, e sugerem etimologias alternativas; porém não houve ainda uma definição.

Para ELIA (1998), este termo refere-se a um conjunto de simplificações e adaptações gramaticais, ocorrendo em uma região de colonização, tendo por base a língua do colonizador, normalmente um idioma europeu. Caracteriza-se, portanto, como sendo um falar de emergência que se pratica quando, em um determinado território, se introduz a língua de um colonizador.

Se a colonização é mais profunda e duradoura, se forma uma elite na terra colonizada e o pidgin dilui-se e desaparece, como exemplo deste caso podemos citar o Brasil. Por outro lado, se o processo de colonização, dito civilizatório, é fraco, o pidgin tende a estabilizar-se e a converter-se em crioulo, processo verificado em Cabo Verde.

Referências:

• COUTO, Hildo Honório do. Anticrioulo – manifestação lingística de resistencia cultural. 1ed. Thesaurus Editora, 2002.

• ELIA, Silvio. A língua portuguesa no mundo. 2 ed. Série Princípios. São Paulo: Ática, 1998.

Fonte: Wikipédia - Pidgin. Em 24/03/09.

Estudante: Fca Ticiany Barbosa Lopes

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Mudança Linguística

A mudança lingüística deve ser vista como movimento que se inicia no instante que um indivíduo produz seu discurso, para um interlocutor específico, em uma situação comunicativa determinada. Se por um lado, a produção discursiva é limitada pelas restrições já consagradas na gramática da língua, por outro, constitui um processo criativo, em que o falante recria forma e estende sentidos de acordo com suas limitações cognitivas e às necessidades comunicativas impostas contextualmente.

Referências:

PINHO, Antônio Carlos. A mudança lingüística, sob uma perspectiva da Lingüística Funcional, 2003.

Estudante: Nélida Chaves

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Metátese

Do Latim Metathĕse e do Gr. Metáthesis transposição. “Transposição de segmentos fonéticos ou sílabas no interior de um vocábulo”.

(ANDERSON,1973HOCK,1986/)

Acontece quando foneticamente uma letra, ou seja, um fonema é deslocado de uma sílaba a outra em uma mesma palavra. Como pode se observar em: pergunta > pregunta; No nordeste brasileiro, este fenômeno se percebe, em maioria, entre falantes cuja escolaridade não passa do ensino fundamental e, ou, entre falantes de origem sertaneja.

Segundo Grammont surge para evitar grupos impronunciáveis. Edwards e Shriberg consideram que regras de metátese são regras que mudam as ordens dos seguimentos.

Exemplos:

Latim > Português padrão > Português não padrão:

fervere > ferver > frever;

ermiliculu > vermelho > vremelho;

Português padrão > Português não padrão:

perseguir > presseguir;
tábua > tauba;
força > froça;
cravícula > carvícula;
formiga > frumiga;
vidro > vrido;
caderneta > cardeneta;
estupro > estrupo;
dobrar > drobar;
satisfação > sastifação;
lábio > laibo

Classificação: Fonologia/Fonética, Lingüística Histórica.

Referências:

• HORA Dermeval da. TELLES Stella. MONARETTO Valéria N.O. Artigo: Português brasileiro uma língua de metátese?letras de Hoje.Porto Alegre, setembro 2007.

• BUENO, Silveira. Dicionário da Língua Portuguesa. S.Paulo, FTD, 1996.

Wikipédia - Metátese

Dicionário Online

Estudante: Maria Cristiane Rosa de Souza

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Metaplasmo

1. Uma mudança fonética que consiste na alteração de uma palavra pela supressão,adição ou permuta (troca) de fonemas: a elisão e a síncope são exemplos de metaplasmos.

(Fonte: Dubois, Jean. Dicionário de Linguística. São Paulo:Editora Cultrix,1993).

2. Define-se metaplasmo na rubrica retórica como um desvio da correta composição fonética da palavra, assim aceita em face da métrica e do ornamento; e na rubrica linguística como a designação comum a todas as figuras que acrescentam, suprimem, permutam ou transpõem fonemas nas palavras. Metaplasmo, do grego μετα = além + πλασμóς = formação, transformação, é o estudo das modificações fonéticas dos vocábulos através de sua evolução. Sua finalidade é a eufonia.

(Adaptado do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, 1ª. edição; e o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro: Objetivo, 2004, 3ª. edição).

Estudante: Maria Adelaide Guilherme Souza

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Línguas Latinas ou Línguas Românicas

É um grupo de idiomas proveniente da família mais vasta das línguas indo-européias, que se originaram a partir da evolução do latim (especificamente, do latim vulgar falado pelas classes populares). Atualmente, são constituídas pelos seguintes idiomas principais, também conhecidos como línguas neolatinas: português, espanhol, italiano, francês, romeno e catalão.

Há também uma grande quantidade de idiomas usados por um menor número de falantes, como o galego, o vêneto, o occitano (de Provença, França), o sardo e o romanche, uma das línguas oficiais da Suíça; e dialetos (aragonês, asturiano, valenciano, e muitos outros espalhados pela Europa Central e pela América Latina).

Referências:

Revista Brasileira de Filologia

Estudante: Ana Angélica da Silva Santiago

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Linguagem Verbal

Linguagem é a capacidade específica humana de comunicar por meio de um sistema de signos (ou língua), que coloca em jogo uma técnica corporal complexa e supõe a existência de uma função simbólica e de centro nervoso geneticamente especializados. Esse sistema de signos vocais utilizado por um grupo social (ou comunidade linguística) determinado constitui uma língua particular. O termo verbal tem origem no latim verbale, proveniente de verbu, que quer dizer palavra. Linguagem verbal é, portanto, aquela que utiliza palavras - o signo linguístico - na comunicação.

Referências:

• Pedagogia & Comunicação In: Uol Educação.

• DUBOIS, Jean et alii.. Dicionário de Lingüística. 9ª edição, São Paulo, Editora Cultrix, 1993.

Estudante: Lidiana de Oliveira Barros

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Linguagem

Sistema de palavras, nascido da vida social, para exprimir idéias e sentimentos e servir de comunicação entre os homens; fala; idioma; dialeto; tudo o que serve para expressão de idéias e sentimentos, elemento estruturador da própria experiência humana, prática social concreta, todo e qualquer sistema de signos que serve de meio de comunicação de idéias ou sentimentos.

Bibliografia:

• Ferreira, Aurélio Buarque de Hollanda, Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, 11ª Edição, 1972

• Souza Filho, Danilo Marcondes , Filosofia, Linguagem e Comunicação, 2001
Caroll, John Bissel, o Estudo da Linguagem, 1916

Estudante: Julita de medeiros Costa

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Língua Materna ou Língua Nativa

É a primeira língua que uma criança aprende. Em certos casos, quando a criança é educada por pais (ou outras pessoas) que falem línguas diferentes, é possível adquirir o domínio de duas línguas simultaneamente, cada uma delas podendo ser considerada língua materna, configura-se então uma situação de bilingüismo.

A expressão língua materna provém do costume em que as mães eram as únicas a educar seus filhos na primeira infância, fazendo com que a língua da mãe seja a primeira a ser assimilada pela criança, condicionando seu aparelho fonador àquele sistema lingüístico.

A aquisição da língua materna ocorre em várias fases. Inicialmente, a criança registra literalmente os fonemas e as entonações da língua, sem ainda ser capaz de os reproduzir. Em seguida, começa a produzir sons e entonações até que seu aparelho fonador permita-lhe a articular palavras e organizar frases, assimilando contemporaneamente o léxico. A sintaxe e a gramática são integradas paulatinamente dentro deste processo de aprendizagem.

Referências:

Wikipédia - Língua Materna. Dia da consulta- 29/03/2009.

Estudante: Ana Edilza Aquino de Souza

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Língua Geral

Definição:

Lingua Geral ou Lingua Franca é uma expressão latina para língua de contato ou língua de relação resultante do contato e comunicação entre grupos ou membros de grupos lingüisticamente distintos para o comércio internacional e outras interações mais extensas.

As línguas gerais

É um termo específico para determinada categoria de línguas, que surgiram na América do Sul nos séculos XVI e XVII em condições especiais de contato entre europeus e povos indígenas. A expressão língua geral tomou um sentido bem definido no Brasil nos séculos XVII e XVIII, quando, tanto em São Paulo como no Maranhão e Pará, passou a designar as línguas de origem indígena faladas, nas respectivas províncias, por toda a população originada no cruzamento de europeus e índios tupi-guaranis (especificamente os tupis em São Paulo e os tupinambás no Maranhão e Pará), à qual se foi agregando um contingente de origem africana e contingentes de vários outros povos indígenas, incorporados ao regime colonial, em geral na qualidade de escravos ou de índios de missão.

Língua geral paulista

O grupo de colonos desembarcados por Martim Afonso de Souza em São Vicente era integrado exclusivamente por homens. Somente em 1537 chegou o primeiro casal português a São Vicente (Madre de Deus [1797] 1975: 63-64). Mesmo com a chegada subseqüente de outros casais, ou com a chamada das esposas portuguesas por alguns colonos, o afluxo maior continuou sendo de homens sós, que passavam a viver com mulheres indígenas. Dessa situação resultou uma população mestiça cuja língua materna era o tupi das mães e também de toda a parentela, já que do lado dos pais em geral não havia parentes consangüíneos. Falava-se correntemente a língua original indígena e apenas o marido e, a partir de certa idade, os filhos homens eram bilíngües em português (com domínio pleno desta língua se eram portugueses, com domínio provavelmente restrito em diferentes graus quando eram mamelucos. Por muito mais de cem anos continuou o idioma das primeiras mães a ser a língua dos paulistas.

O guarani criollo

Entre os rios Paraná e Paraguai, porém, fora das reduções jesuíticas e já antes delas, desenvolveu-se uma situação de contato entre colonos espanhóis, predominantemente homens, e índios guaranis, bastante semelhante à que se produziria em São Paulo, com o surgimento de uma crescente população mestiça cuja língua materna era o guarani e não o espanhol. Nessa situação, o guarani indígena se transformou pouco a pouco na língua comum (geral) aos mestiços (mancebos de la tierra), aos espanhóis aí estabelecidos e aos índios, guaranis ou não, incorporados às atividades coloniais. Esta língua geral é hoje o guarani criollo (GNC), chamado na própria língua de avañe?en (‘língua de gente, língua de índio’) e, com referência às variedades mais marcadas por empréstimos e decalques do espanhol, jopará (‘mistura, mescla’); mais geralmente, porém, guarani paraguayo e, na Argentina, com apenas pequenas divergências dialetais, guarani correntino (do topônimo Corrientes) e guarani goyano (do topônimo Goya).

A língua geral amazônica

Na ocupação do Maranhão, do Pará e da Amazônia pelos portugueses, reproduziu-se em linhas gerais a situação que caracterizou a relação entre portugueses e tupis em São Paulo. A forte interação dos colonos e soldados portugueses com os tupinambás levou ao surgimento de uma população mestiça, inicialmente de pais europeus e mães indígenas, cuja língua ficou sendo a das mães. A partir da segunda metade do século XIX passou a ser chamada também de nheengatu, nome introduzido na literatura por Couto de Magalhães (1876), que também a rotulou de "língua tupi viva"; Tastevin (1910) chamou-a também de "língua tapïhïya" (tapy’ýja ‘índio, tapuio’). Pelos missionários franciscanos do século XVIII foi chamada não só língua geral, mas também brasiliano (Edelweiss 1969: 109ss.). Na Colômbia e na Venezuela é chamada "lengua yeral", nome em que se baseou a sigla YRL para a LGA no catálogo de línguas do mundo organizado por B. Grimes (1992).

Referências:

• RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. In: As línguas gerais sul-americanas.

Wikipédia - Língua Franca

Estudante: Millena Ariella

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Língua Estrangeira

"Conhecer uma língua quer dizer ser capaz de traduzir mentalmente, a partir da língua que se sabe, a língua que se conhece. Desde então, não falamos mais do mesmo lugar, nos comunicamos."

Melman, 1992:15-16

Estudante: Rafael Dantas

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Língua

Língua pode ser:

*Língua (anatomia) - orgão utilizado para degustação e deglutição.

*Língua (lingüística) - idioma falado por um povo.

Fala é a capacidade ou o uso dessa capacidade de emitir sons em algum padrão (uma língua). Para falar ou cantar, movimentamos cerca de uma dúzia de músculos da laringe, aproximadamente de diversas maneiras as cordas vocais. O ar que sai dos pulmões percorre os brônquios e a traquéia, chegando até a laringe, os músculos da glote se contraem, regulando a passagem do ar. Os movimentos da glote fazem as cordas vocais vibrarem e produzir sons.

Linguagem diz respeito a um sistema constituído por elementos que podem ser gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, que são usados para representar conceitos de comunicação, idéias, significados e pensamentos. Nesta acepção, linguagem aproxima-se do conceito de língua.

Estilo é o modo de expressar-se de um grupo ou de um período histórico. Elementos constantes ou semelhantes da produção artística de um povo num determinado período. Peculiaridade que apresentam as obras de arte ou arquitetônicas, produzidas de acordo com certos princípios, numa dada época, por determinado povo, segundo técnicas específicas.

Referências:

Yahoo Respostas

Estudante: Fabiano da Silva Lima

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Interlíngua

1. Uma palavra é adotada em Interlíngua desde que ela seja comum a pelo menos 3 das línguas nacionais escolhidas como fonte: português, espanhol, italiano, francês e inglês; alemão e russo podem vir a ser considerados.

A forma da palavra é a forma do protótipo, isto é, a forma que deu origem às diferentes formas das línguas nacionais. Assim, embora a palavra portuguesa olho possa ser bastante diferente do espanhol ojo, do italiano occhio e do francês oeil, todas se originaram de uma forma latina anterior oculo, que sobrevive na composição de palavras internacionais como oculista, ocular, etc. Portanto, olho em Interlíngua é oculo. (Interlíngua não usa sinais de acento gráfico; neste texto vogais tônicas serão sublinhadas para facilitar a leitura.

2. A interlíngua é uma língua auxiliar internacional baseada na existência de um vasto vocabulário comum compartilhado por línguas de grande difusão mundial. São palavras como abreviação, abdicação, abdução, abjuração, abolição, abominação, aborígene, absoluto, absorção, abstenção, abstração, acácia, etc.
Essas palavras geralmente são greco-romanas em sua origem, mas há palavras internacionais de outras origens: iglu, quimono, vodca, jaguar, vis-à-vis, software, etc.

A interlíngua veio a público em 1951 pela International Auxiliary Language Association, após mais de duas décadas de estudos lingüísticos, com a publicação das suas duas obras básicas que são: Interlingua–English Dictionary, com 27.000 palavras, e Interlingua Grammar.

3. Interlíngua é o sistema de transição criado pelo aprendiz, ao longo de seu processo de assimilação de uma língua estrangeira. É a linguagem produzida por um falante não nativo a partir do início do aprendizado, caracterizada pela interferência da língua materna, até o aprendiz ter alcançado seu teto na língua estrangeira, ou seja, seu potencial máximo de aprendizado.

Referências:

O que é Interlíngua?

Wikipédia - Interlíngua

Interferência, Língua e Fossilização

Estudante: Fúlvio Saraiva

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Idioleto

idioleto /é/ s.m. LING o sistema lingüístico de um só indivíduo num determinado período de sua vida, que reflete suas características pessoais, os estímulos a que foi submetido, sua biografia etc.; idiolecto [Pertence ao campo da langue, e não da parole, porque trata de particularidades lingüísticas constantes, não fortuitas.] ETIM idi(o)- + -leto (ou -lecto), depreendido de dialeto; ver dialect- ou dialet.

HOUAISS, Antônio (1915-1999) e Villar, Mauro de Salles (1939- ). Dicionário Houaiss da Língua Português. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

Idioleto

Idioleto é o conjunto dos enunciados produzidos por uma só pessoa, e principalmente as constantes lingüísticas que lhes estão subjacentes e que consideramos como idiomas ou sistemas específicos; o idioleto é, portanto, o conjunto dos usos de uma língua própria de um indivíduo, num momento determinado (seu estilo).

A noção de idioleto acentua certos caracteres particulares dos problemas da geografia lingüística: todo “corpus” de falares, dialetos ou línguas só é representativo na medida em que emana de locutores suficientemente diversificados; mas é, pelo menos no início, sobre bases não lingüísticas que são escolhidos esses locutores e os enunciados que eles produzem. Mesmo se o pesquisador levanta, para um dado falar, enunciados em número suficiente de todos os locutores encontrados na língua estudada, ele postula implicitamente que esses locutores têm o mesmo falar. A noção de idioleto implica, ao contrário, que há variação não somente de um país a outro, de uma região a outra, de uma aldeia a outra, de uma classe social a outra, mas também de uma pessoa a outra. O idioleto é, de início, a única realidade que encontra o dialetólogo.

DUBOIS, Jean, Mathée Giacomo, Lois Guespin, Christiane Marcellesi, Jean-Baptiste Marcellesi, Jean-Pierre Mevel. Dicionário de Linguística. São Paulo: Editora Cultrix. 8ª edição, 2001.

Idioleto s.m.
FR. Idiolecte; INGL. Idiolect


1. Idioleto é a atividade semiótica, produtora e/ou leitora das significações – ou o conjunto de textos relativos a isso -, própria de um autor* individual*, que participa de um universo* semântico dado. Na prática das línguas* naturais, as variações* individuais não podem ser muito numerosas nem constituir desvios* muito grandes: elas correriam, assim, o risco de interromper a comunicação* interindividual. Neste sentido, são consideradas geralmente como fenômenos de superfície*, que afetam, em primeiro lugar, os componentes fonético e lexical da língua. Em estado puro, o idioleto depende da psicolingüística patológica e poderia ser identificado com a noção de autismo.

2. Situado no nível das estruturas profundas*, o problema do idioleto deve ser aproximado da noção de estilo*. Nessa perspectiva, pode-se conceber o idioleto como sendo o uso que um ator individual faz do universo semântico indvidual (tal como está constituído pela categoria* vida/morte) que ele pode dotar de investimentos hipotáxicos* particularizantes, e do universo coletivo (articulado pela categoria natureza/cultura), de cujos termos ele pode dispor a seu modo, homologando-o como o universo individual. Evidentemente são apenas algumas sugestões, relativas a uma problemática particularmente árdua.

GREIMAS, A. J. e J. Courtés. Universo semântico, Socioleto, Estilo, Psicossemiótica. Dicionário de semiótica. São Paulo: Contexto, 2008.

Estudante: Ítalo Rodrigues Sousa

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Família Linguística

Família Linguística é um grupo de línguas provenientes de uma mesma descendência, ou de uma mesma linhagem, que derivam de uma língua ancestral comum. Esse grupo de línguas é rigorosamente identificado através da Filologia, ciência que estuda uma língua a partir de documentos escritos, considerando fatos externos e internos que influenciaram na evolução de uma determinada língua ao longo do tempo. Sendo assim, a família linguística é uma unidade filogenética, o que significa dizer que todos os seus membros derivam de um ancestral comum chamado de “protolíngua”. Este ancestral é geralmente muito pouco conhecido diretamente, uma vez que a maior parte das línguas tem uma história escrita muito reduzida.

As famílias lingüísticas podem ser divididas em unidades filogenéticas menores, referidas convencionalmente como “ramos da família”, porque a história de uma família linguística é muitas vezes representada por um diagrama em árvore, uma espécie de “árvore genealógica” da língua em estudo. Como não temos, na maioria dos casos, conhecimento direto da protolíngua da qual os membros de determinada família ou subfamília descendem, é possível recuperar muitas das características de uma família linguística aplicando o “método comparativo”. Este procedimento, desenvolvido no século XIX pelo linguista August Schleicher, concerne na reconstrução da linhagem de determinada lingua com base na sua linha do tempo e no emparelhamento formal-semântico de duas ou mais línguas, independente do aspecto temporal.

Um exemplo concernente ao assunto diz respeito à família linguística indo-européia: muitos dos linguistas e filólogos que trabalham pelo viés do método histórico-comparativo, sustentam a tese de que o indo-europeu é o eixo comum de todas as línguas oficiais dos países da Europa Ocidental, com exceção do basco, e que subdividem-se em quatro ramos da família indo-européia: o helênico (grego), o românico (português, italiano, francês, castelhano, etc.), o germânico (inglês, alemão) e o céltico (irlandês, gaélico).

Referências:

• Lyons, John.“Linguagem e Linguistica – Uma Introdução”.Tradução de Averbuurg, Marilda Winkler; Souza, Clarisse Sieckenius de. LTC Editora. Rio de Janeiro-RJ, 1987.

• Saussure, Ferdinand de. “Curso de Linguistica Geral”. Tradução de Chelini, Antônio; Paes, José Paulo; Blikstein, Izidoro. Editora Cultrix LTDA. São Paulo-SP, 1995.

Wikipédia - Filologia

Wikipédia - Família Linguística

Wikipédia - Línguas Indo-européias

Wikipédia - Familia de Lenguas (espanhol)

A Língua Portuguesa - UFRN

Wapédia - Família Linguística

Dicionário Aulete

Estudante: Fernanda Lima

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Famílias Linguísticas

Sabemos que quanto mais evoluída é uma nação maior é o interesse que recai sobre sua língua, daí a necessidade que muitos estudiosos tiveram de analisá-las. Ao realizarem esses estudos percebeu-se que muitas línguas possuem semelhanças entre si, formando “grupos”. Aprofundando-se nessas semelhanças descobriram-se as famílias linguísticas.

Famílias Linguísticas é um grupo de línguas que derivaram de um ancestral comum, uma proto-língua. Geralmente essa proto-língua é pouco conhecida, devido a pobreza de material escrito naquela época, porém é possível conhecê-la através de um processo histórico-comparativo, que trata-se de uma reconstituição da proto-língua a partir de suas “filhas”, baseando-se em suas semelhanças e diferenças.

As grandes famílias possuem ramos que são unidades filogenéticas menores. As línguas que não podem ser classificadas em nenhuma família são conhecidas como línguas isoladas.

As descrições já feitas permitiram identificar as seguintes famílias lingüísticas:

1. Línguas Indoeuropéias, a maior e a mais falada das famílias linguísticas.
2. Línguas Camito-semíticas: línguas etiópicas, árabe, aramaico, copta, berbere, hebraico, cuchítico, etc.
3. Línguas Uralo-altaicas: ugro-finlandês (finlandês, este, lapão, magiar), turco-mongol (turco, mongol), samoiedo, tungúsio.
4. Línguas Niger-congo (África).
5. Línguas Banto (África).
6. Línguas Nilo-saarianas (África).
7. Línguas Khoin: bosquímano, hotentote (África).
8. Línguas Caucasianas: georgiano, mingrélio, etc.
9. Línguas Malaio-polinésias e Melanésias: indonésio, malgaxe, etc.
10. Línguas da Ásia: línguas dravídicas (tâmul), línguas munda, línguas tai (laociano, siamês, vietnamita), chinês, línguas mon-khmer (cambodjiano), línguas tibeto-birmanesas, aino, coreano, japonês.
11. Línguas do filo* Ártico americano-paleossiberiano (esquimó, etc.),
12. Línguas do filo Na-Dene (línguas entre outras dos índios Apache e Navaho)
13. Línguas do filo Macro-Algonquino (línguas do Canadá e do norte dos Estados Unidos)
14. Línguas do filo Macro-Sioux
15. Línguas do filo Hoka (línguas da Califórnia e do México)
16. Línguas do filo Penuti (famílias Mixe-Zoque, Totonaca, Maia, entre outras)
17. Línguas do filo Azteca-Tano (entre outras, o Náutl Clássico)
18. Línguas do filo Oto-Mangue (línguas do México e da América Central)
19. Filo Macro-Chibcha (línguas da América Central e Norte do Brasil)
20. Línguas do macrofilo Jê-Pano-Karib, que inclui o Filo Macro-Jê no Brasil
21. Línguas do macrofilo Andino Equatorial (quêchua, aimara, faladas na Bolívia, Equador e Peru – línguas faladas por milhões de indivíduos), Tukano, Katukina, Tupi, entre outras.

Vamos nos deter um pouco na família indo-européia, pois dela originou o Latim, quer por sua vez transformou-se nas línguas românicas, entre as quais está o português.

Parte dos imigrantes indo-europeus instalaram-se na região do Lácio, na Itália, provavelmente 2.000 a.C. Por volta de 700 a.C. surgiu o Latim. Com o desenvolvimento da civilização romana, já em 150 a.C., os romanos invadem a península ibérica. O Latim que se dissemina na região da península é o Latim Vulgar, marcado pelo dinamismo, por ser utilizado pela comunidade ágrafa. Na península ibérica entra em contato com as línguas dos povos pré e pós-romanos, transformando-se por estes e outros fatores de ordem pragmática, dando origem as línguas românicas, entre elas o português no séc XIII d.C. Com a formação da nação portuguesa, e sua subsequente expansão, o português é trazido para o Brasil a partir de 1530.

Referências Bibliograáficas:

• CASTILHO, Ataliba. Como, onde e quando nasceu a língua portuguesa?

• CASTILHO, Ataliba. Como as línguas nascem e morrem? O que são famílias lingüísticas?


Wikipédia


Estudante: Tarcília Barboza Oliveira

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Escrita

Apresento as duas definições consideradas de melhor compreensão do termo pesquisado.

“Representação visível e durável da linguagem” (Cohen,1953,7), que de falada e ouvida, passa a ser escrita e lida. O processo predominante para isso foi o desenho de sinais convencionalmente correspondentes aos sons emitidos; desde os fenícios esses sinais se reportam aos fonemas e são letras, constituindo um sistema de grafia.

Camara Júnior, J. Matoso (1981) in: Dicionário de Linguística e Gramática.

A escrita é uma tecnologia, criada e desenvolvida historicamente nas sociedades humanas, podendo ser globalmente caracterizada como a ocorrência de marcas num suporte. Mesmo que, habitualmente, a função central atribuída à escrita seja de registro de informações, não se pode negar sua relevância para a difusão de informações e construção de conhecimentos. O avanço das novas tecnologias e as interações entre diferentes suportes (por exemplo, papel, tela) e linguagens (verbal ou não verbal) têm permitido, inclusive, o aparecimento de formas coletivas de construção de textos, como é exemplo a própria Wikipédia (de onde este verbete foi retirado).

Fonte:

Wikipédia, acessado em: 01/03.

Estudante: Clariany Ferreira Correia

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Dialeto

Dialeto: falar de uma comunidade, parte de uma comunidade maior, com cujo falar mantém afinidades estruturais, praticado geralmente sob a forma oral e não reconhecido por um Estado como forma de comunicação em suas relações internas e externas.

(ELIA, Sílvio. A Língua Portuguesa no Mundo).

Dialeto é um sistema de signos e de regras combinatórias da mesma origem que outro sistema considerado como a língua, mas que se desenvolveu, apesar de não ter adquirido o status cultural e social dessa língua, independentemente daquela.

(DUBOIS, Jean. Dicionário de Linguística. 1978).

Dialetos são falares regionais que apresentam entre si coincidência de traços linguísticos fundamentais.

(MATTOSO CÂMARA JR., Dicionário de Linguística e Gramática).

Dialeto é a modalidade de uma língua caracterizada por determinadas peculiaridades fonéticas, gramaticais ou regionais. As línguas não são totalmente homogêneas, o que constitui a dialetalização em um falar vivo difundido em um território vasto, e que é utilizado por uma população numerosa, como no caso o português do ceará que distingue do Rio Grande do Sul: o anglo-americano de Chicago distingue do de Boston, embora as formas regionais de uma língua não seja comum nacionalmente e não neguem sua unidade conforme o conjunto linguístico do qual elas irão fazer parte.

(Vanessa Braga Sá, Publicado no Recanto das Letras em 14/05/2006).

Dialeto são as variações de pronúncia, vocabulário e gramática pertencentes a uma determinada língua. Os dialetos não ocorrem somente em regiões diferentes, pois numa determinada região, existem também as variações dialetais etárias, sociais referentes ao sexo masculino e feminino e estilísticas.

(FERREIRA, Ana Cláudia Fernandes. Variações da Língua).

Dialeto é qualquer variação regional de um idioma que não chegue a comprometer a inteligibilidade mútua entre o falante da língua principal com o falante do dialeto. As marcas linguísticas dos dialetos podem ser de natureza semântico-lexical, morfossintática ou fonético-morfológica.

(HOUAISS, Dicionário da língua portuguesa).

Dialeto. Língua regional ou variedade regional de uma língua.

(LUFT. Celso Pedro. Dicionário Gramatical da Língua Portuguesa).

Dialeto: variedade regional ou social de uma língua; linguajar.

(AURÉLIO. Novo Dicionário Básico da Língua. 1994/1995).

Dialeto. Variedade regional ou social de uma língua, que dela se distingue por certas peculiaridades léxicas, fonéticas, morfológicas e sintáticas não essencialmente diferenciadoras. Maneira de falar.

(KURY, Adriano da Gama. Dicionário da Língua Portuguesa).

Dialeto. Variante regional de uma língua, da qual difere pouco.

(AMORA, Antônio Soares. Dicionário da língua Portuguesa).

Dialeto. Variedade regional de uma língua.

(BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário da Língua Portuguesa).

Dialeto seria um sistema de sinais originados de uma língua comum, viva ou desaparecida; normalmente, com uma concreta delimitação geográfica, mas sem uma forte diferenciação diante dos outros dialetos de mesma origem. De modo secundário, poder-se-iam também chamar dialetos as estruturas linguísticas, simultâneas de outra, que não alcançam a categoria de língua.

(UFRG - A Língua Portuguesa)

Dialeto. São as várias línguas dentro de uma língua-padrão mais ou menos próximas entre si, mais ou menos diferenciadas, mas que não chegam a perder a configuração da língua de origem.

(BECHARA. Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa).

Dialeto é uma língua mais ou menos uniforme falada por uma população homogênea com mobilidade apenas local.

(GLEASON Jr., H.A. Introdução à Linguística Descritiva).

Dialeto é a fala característica de certas regiões de um país, marcada por vocabulário próprio, construções gramaticais determinadas e, oralmente, sotaque definido.

(CASTRO. Maria da Conceição. Língua e Literatura).

Dialeto é uma espécie de distintivo ou emblema dos grupos, e, nesse sentido, colaboram para constituir sua identidade. Os dialetos correspondem em grande parte a grupos sociais relativamente definidos: os que residem numa região ou em outra; os que pertencem a uma classe social ou outra; os que são mais jovens ou mais velhos; os que são homens ou mulheres; os que têm uma profissão ou outra etc.

(Maria Bernadete M. Abaurre e Sírio Possenti. Vestibular Unicamp: Língua Portuguesa).

Dialeto é a reprodução da forma de expressão de um grupo social.

(FERREIRA. Marina. Português. Atual. 2004).

Dialeto é a maneira própria de falar de determinada região: pode ter uma gramática própria; a concordância, por exemplo, é estabelecida de acordo com regras diferentes das que estabelecem a concordância na norma culta. Ou imposta pelos acontecimentos e mudanças comportamentais da sociedade ao longo dos tempos, sofre variações constantes. As palavras sofrem alterações na grafia ou mudam de sentido.

(SARMENTO. Leila Lauar. Português. São Paulo: Moderna. 1ª edição. 2004).

Dialeto é variedade de uma língua, não reconhecida por um Estado, que apresenta diferenças marcantes. As diferenças em relação a tal língua são principalmente de natureza fonética, lexical e semântica e em menor escala, morfológica e sintática. Essas distinções não podem impedir a comunicação, os falantes deverão conseguir, com maior ou menor dificuldade, no âmbito do dialeto, comunicar-se.

(Edvaldo da Costa e Silva Jr.).

Estudante: Edvaldo da Costa e Silva Júnior

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Crioulo

S.m 1 Originário do país onde vive; aborígene, autóctone. 2 Indivíduo nascido na América e descendente de europeus. 3 Negro nascido na América, por oposição ao originário da África. 4 Designação popular atribuída a pessoas de pele escura (negros) no Brasil.

Ling. 1 Língua mista nascida a partir do contato entre línguas européias e línguas nativas. 2 Língua crioula é uma língua derivada de um pidgin, que nasce da necessidade de comunicação entre falantes de duas ou mais línguas tendo como base uma língua de maior prestígio social. 3 Crioulização é o processo de transformação de um pidgin em uma língua crioula.

Adj. 1 Bras. (Rio G. do Sul) natural de qualquer ponto do estado. 2 Diz-se dos animais e plantas descendentes de pais importados e já aclimatados no país.
3 Aplica-se ao animal oriundo de uma determinada fazenda, isto é, nascido e criados ali sem cruzamento, rústicos. 4 Designativo de uma espécie de cana-de-açúcar. 5 Gallinha Crioula, galinha sem tipo nem raça definida, que nasce e se cria em casa. 6 Uma raça eqüestre. 7 Cigarro de palha e fumo de rolo.

Bibliografia:

• FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 11ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, s/d.

• SILVA, António de Moraes. Grande Dicionário da língua Portuguesa. Vl. 3 - 10ª edição. Lisboa: Confluência, s/d.

• FERNANDES, Fernando e LUFT, Celso Pedro. Dicionário Brasileiro Globo. 40ª edição. São Paulo: Globo, 1995.

Verbete Língua Crioula Wikipédia

Dicionário Michaelis

Estudante: Luzia Michelle Nunes

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Bilinguismo

O termo bilinguismo, aplicado ao indivíduo, pode significar simplesmente a capacidade de expressar-se em duas línguas. Numa comunidade, pode ser definido como a coexistência de dois sistemas lingüísticos diferentes (língua, dialeto, etc.), que os falantes utilizam alternadamente, a depender das circunstâncias, com igual fluência ou com a proeminência de um deles.

O bilinguismo constitui a forma mais simples de multilinguismo (que, por sua vez, se opõe ao monolinguismo), e pode ocorrer em diversas situações, tais como:

• Uma segunda língua é aprendida na escola:
• Emigrantes estrangeiros falam a língua do país hospedeiro (mesmo que com alguma dificuldade),
• Em países nos quais há mais de uma língua oficial,
• Crianças cujos pais são de diferentes nacionalidades,
• Pessoas surdas que, além da linguagem de sinais, utilizam alguma língua oral, na tentativa de se comunicar com a comunidade ouvinte (observando-se que o bilinguismo dos surdos é um caso especial).

Estes grupos de pessoas têm necessidades distintas e desenvolvem, por isso, capacidades distintas nas línguas que falam, dependendo das necessidades e dos diferentes contextos.

No que respeita à educação de crianças como bilingues, Saunders mostra que existem vantagens e desvantagens neste processo.

Vantagens do ensino bilíngue

1. Quando adquirido na infância permite que a criança tenha a pronúncia de um nativo;
2. Desde a infância faz com que a criança desenvolva superioridade em habilidades em geral;
3. Q.I. e um grau de aprendizado superior àquele de crianças monolingues;
4. Proficiência nas duas línguas, não sendo necessário processo formal de aprendizado.

Desvantagens do bilinguismo

1. Pode retardar a inteligência verbal, isto é, a criança pode demorar mais para falar, pois aprenderá dois sinônimos para cada palavra;
2. Uma língua sempre, de uma forma ou de outra, influencia a outra;
3. Pode ocorrer "triggering", ou seja, mudança de idioma, caso não se saiba uma palavra em uma das línguas.
4. Possibilidade de misturar as diversas línguas, acidentalmente;
5. Sentimento de ir perdendo uma das línguas (por norma, a minoritária);
6. Ver-se “obrigado” a servir de intérprete em diversas situações.
7. O bilíngue escolhe a língua do interlocutor e desactiva, da melhor maneira que consegue, a(s) outra(s) língua(s); no entanto esta desactivação não é total: há interferências. As interferências podem ocorrer a diversos níveis:

• Fonológico;
• Sintático;
• Semântico;
• Pragmático.

Sobre o bilinguismo e os Surdos

No século XIX os Surdos reivindicaram os seus direitos e a sua língua já foi reconhecida. Entre esses direitos estava a utilização da sua língua na educação dos Surdos, que eles fossem reconhecidos não como deficientes, mas como diferentes e que sua cultura fosse respeitada. Assim, dentro da comunidade ouvinte, eles construíram uma comunidade própria, com a sua língua, a sua cultura e tentaram estabelecer-se como grupo minoritário que pudesse ser aceito numa visão multicultural.

Para os bilinguístas, os Surdos não precisam almejar ser iguais aos ouvintes, podendo aceitar e assumir a surdez. O conceito principal que a filosofia bilíngue traz é de que os Surdos formam uma comunidade, com cultura e língua próprias. Os bilinguístas preocupam-se em entender o indivíduo Surdo, as suas particularidades, a sua língua (língua gestual), a sua cultura e a sua forma particular de pensar, em vez de apenas os aspectos biológicos ligados à surdez.

O Brasil, quanto ao sistema de educação bilíngue, na maioria dos países, acredita que o campo da educação bilíngue sempre foi um campo de batalha ideológica. Por um lado, existem pessoas que apenas aceitam a educação bilíngue como um “mal necessário” – e fazem de “bilíngue” um termo quase pejorativo. Por outro lado existem pessoas que vêem a educação bilíngue como uma ferramenta para cultivar pluralismo, o respeito às diferenças, a auto-estima de grupos minoritários e o conhecimento cultural e linguístico essenciais para uma sociedade globalizada.

Na grande maioria dos países, o bilinguismo daqueles que não são proficientes na língua nacional, mas que falam outra língua como materna, é desprezado.

Assim sendo, apesar do bilinguismo dos ouvintes ser considerado chique, o bilinguismo dos Surdos não o é, visto que o Surdo não domina a língua nacional como nativo da língua. Como tal, ainda existem muitas batalhas a travar, no campo do bilinguismo.

Referências bibliográficas

Verbete Bilinguismo Wikipédia

Verbebe Bilinguismo e os Surdos Wikipédia

Estudante: Jéssica Maria Mota Medeiros

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Anaptixe

a•nap•ti•xe - Também conhecido por Suarabácti, é um tipo especial de Epêntese, que é um dos metaplasmos (alterações fonéticas que ocorrem em determinadas palavras ao longo da evolução de uma língua, o que ajuda a compreender a etimologia de muitas dessas palavras, podendo ocorrer pela: adição, supressão ou modificação dos sons) por adição de fonemas a que as palavras podem estar sujeitas à medida que uma língua evolui. A anaptixe consiste na intercalação de vogal para desfazer um grupo consonantal descômodo.

Exemplos:

bratta > b(a)rata, fevreiro > fev(e)reiro, prão > p(o)rão.

Atualmente, como é tendência da língua, a anaptixe continua a ocorrer, especialmente na fala popular.

Exemplos:

absoluto > ab(i)ssoluto, advogado > ad(e)vogado ou ad(i)vogado, pneu > p(e)neu ou p(i)neu, subtração > sub(i)tração, psicólogo > p(i)sicólogo.

Referências Bibliográficas

Verbete Anaptixe na Wikipedia. Acesso em: 19 fev. 2009.

Sítio do Prof. Paulo Hernandes

Portal da Língua Portuguesa

Estudante: Francisca Lúcia Sousa de Aguiar

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Alterações Diatópicas

Alterações diatópicas, Diferenças de espaço geográfico; identificadas mais comumente como dialetos. Ex.: o dialeto nordestino, o dialeto de São Paulo, o dialeto de Fortaleza etc. Segundo Preti (2003, p.24), as variedades diatópicas, ou geográficas, são responsáveis pelos “regionalismos, provenientes de dialetos ou falares locais”, e que conduzem à oposição linguagem urbana/linguagem rural.

Referências Bibliográficas:

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos (CIFEFIL)

Recanto das Letras

Estudante: Roberto Cezar Amorim de Castro

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Alterações Diafásicas

"São as distinções entre diversos tipos de modalidade expressiva que caracterizam - no mesmo estrato social - os grupos 'biológicos' (homens, mulheres, crianças, jovens) e os grupos profissionais."

COSERIU, 1980: 110-111

Estudante: Francisca Joyce Monteiro Vieira

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Metaplasmo

1. Também designado por metaplasma por alguns autores, é o nome que se dá às alterações fonéticas que ocorrem em determinadas palavras ao longo da evolução de uma língua, o que ajuda a compreender a etimologia de muitas dessas palavras. O metaplasmo pode ocorrer pela adição, supressão ou modificação dos sons.

2. Metaplasmo: Modificação que sofrem as palavras durante a sua transição histórica, sem, contudo, se prejudicarem totalmente em seu primeiro sentido; o mesmo que figura de dicção. Nota. Essas modificações se operam por adição subtração, permuta e transposição de sons, por meio das figuras denominadas prótese, apêntese, paragoge, aférese, síncope, apócope, crase, assimilação, hipértese e metatese.

Referências:

Wikipédia - Metaplasmo. Acesso em: mar/2009.

• CARVALHO, José Mesquita. Dicionário Prático da Língua Portuguesa- ed. Globo, 1952.

Estudante: Janayna de Sousa Maciel

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Língua Materna

Língua materna é a que uma criança aprende até os 5/6 anos. É o indivíduo que tendo adquirdo uma língua particular, por exemplo o português, possui todos os subsídios necessários para o funcionamento da mesma. Entretanto, há pessoas que possuem a capacidade de falar duas línguas quando criança. Isso ocorre devido ao convívio com pais ou pessoas que se comunicam entre si através de idiomas distintos. É o caso do bilingüísmo.

Referências:

Wikicionário - Língua Materna.

Dicionário Babylon

Estudante: Francisco Rodrigo Batista da Silva

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Dialeto

Dialeto é a forma como uma língua é realizada numa região específica. Cientificamente este conceito é conhecido por "variação diatópica", "variante geolinguística" ou "variante dialetal".

Uma língua divide-se em inúmeras variantes dialetais. Desde as mais abrangentes (como o português europeu e o português brasileiro) até às sub-variantes mais específicas.

Por exemplo, o grupo dialetal gaúcho, que se inclui nos dialetos do Sul do Brasil. O grupo dialetal cearense, que se inclui no grupo dialetal do Nordeste do Brasil.

Os critérios que levam a que um conjunto de dialetos seja considerado uma língua autônoma e não uma variante de outra língua são complexos e frequentemente subvertidos por motivos políticos. A Linguística considera os seguintes critérios para determinar que um conjunto de dialetos fazem parte de uma língua:

• Critério da compreensão mútua. Se duas comunidades conseguem facilmente compreender-se ao usarem o seu sistema linguístico, então, elas falam a mesma língua.
• Critério da existência de um corpus lingüístico comum. Se entre duas comunidades existe um conjunto de obras literárias que são consideradas patrimônio usado por ambas (sem que haja necessidade de tradução), então elas falam a mesma língua.
• Um dialeto, para ser considerado como tal, tem de ser falado por uma comunidade regional. As características da língua que não são específicas de um grupo regional são consideradas socioletos (variedades próprias de diferentes grupos sociais, etários ou profissionais) ou idioletos (variedades próprias de cada indivíduo).

Referências:

Wikipédia - Dialeto.

Estudante: David Aragon

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Política Linguística

A política lingüística nasceu como área de estudos na década de 1960 e preocupa-se com a relação entre o poder e as línguas, ou mais propriamente, com as grandes decisões políticas sobre as línguas e seus usos na sociedade.

Faz pouco tempo que o termo "política lingüística" está circulando de maneira minimamente sistemática no Brasil. Até o ano de 2006, somente um programa de pós-graduação em lingüística tinha uma linha de pesquisa em política lingüística, o da Universidade Federal de Santa Catarina. Dedica-se ao assunto desde 1999 no Brasil e no MERCOSUL o IPOL - Instituto de Investigação e desenvolvimento em Política Lingüística — com sede em Florianópolis, Brasil. Mas sabemos que a intervenção humana na língua ou nas situações lingüísticas não é novidade: sempre houve indivíduos tentando legislar, ditar o uso correto ou intervir na forma da língua. De igual modo, o poder político sempre privilegiou essa ou aquela língua, escolhendo governar o Estado numa língua ou mesmo impor à maioria a língua de uma minoria. No entanto, a política lingüística, determinação das grandes decisões referentes às relações entre as línguas e a sociedade, é um conceito recente que englobam apenas em parte essas práticas antigas.

Nas duas últimas décadas, entretanto, o panorama das reivindicações dos movimentos sociais, a diversificação de suas pautas, o crescimento das questões étnicas, regionais, de fronteira, culturais, tornaram muito mais visível que o Brasil é um país constituído por mais de 200 comunidades lingüísticas diferentes que, a seu modo, têm se equipado para participar da vida política do país.

Assim, o crescimento desses movimentos sociais e a reação do Estado a essas reivindicações vão tornando dia a dia mais claro o âmbito das responsabilidades das políticas lingüísticas — seus métodos e interesses. Sobretudo, vão tornando mais claro que ‘política lingüística’,é uma prática política associada à intervenção sobre as situações concretas que demandam decisões políticas e planificação de políticas públicas.

Uma idéia que resume a essência de uma política linguística é que todas as línguas constituem formas preferenciais de identificação cultural no uso que o falante faz delas no seu cotidiano e contribuem para a realização do indivíduo como membro de uma comunidade. Assim se justifica a importância atribuída ao ensino da língua materna. Por outro lado, quando uma língua viva passa a ser menos conhecida e menos utilizada pelas pessoas para quem não é língua materna, perdem-se referências históricas e torna-se mais obscura a caracterização da comunidade que a fala. A necessidade de definir uma política de língua decorre destas duas razões de caráter psicossocial e cultural, reforçadas por interesses econômicos que hoje se inserem num contexto mundial. Motivos de sobra, portanto, para nos ocuparmos e preocuparmos com a definição de uma política de difusão da língua portuguesa.

Referências:

• MÜLLER DE OLIVEIRA, Gilva, IPOL, Florianópolis, julho de 2007. In: Prefácio de Políticas Linguísticas.

Estudante: Mariana Peres de Morais

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati

Linguagem

Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de idéias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies de linguagem: visual, auditiva, tátil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos.

Os elementos constitutivos da linguagem são, pois, gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, usados para representar conceitos de comunicação, idéias, significados e pensamentos. Embora os animais também se comuniquem, a linguagem propriamente dita pertence apenas ao Homem.

Generalidades

Não se devem confundir os conceitos de linguagem e de língua. Enquanto aquela (linguagem) diz respeito à capacidade ou faculdade de exercitar a comunicação, latente ou em ação ou exercício, esta última (língua ou idioma) refere-se a um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática).

Noutra acepção (anátomo-fisiológica), linguagem é função cerebral que permite a qualquer ser humano adquirir e utilizar uma língua.

Por extensão, chama-se linguagem de programação ao conjunto de códigos usados em computação.

O estudo da linguagem, que envolve os signos, de uma forma geral, é chamado semiótica. A linguística é subordinada à semiótica porque seu objeto de estudo é a língua,[4] que é apenas um dos sinais estudados na semiótica.

Origens da linguagem humana

A respeito das origens da linguagem humana, alguns estudiosos defendem a tese de que a linguagem foi criada a partir de uma comunicação gestual com as mãos. A partir de alterações no aparelho fonador, os seres humanos passaram a poder produzir uma variedade de sons muito maior do que a dos demais primatas.

Obs:Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.

Elementos da comunicação

• Emissor - emite, codifica a mensagem;
• Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
• Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
• Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem;
• Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
• Canal - meio pelo qual circula a mensagem.

Observação: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação

Funções da linguagem

• Emotiva (ou expressiva) - a mensagem centra-se no "eu" do emissor, é carregada de subjectividade. Ligada a esta função está, por norma, a poesia lírica.
• Função apelativa (imperativa) - com este tipo de mensagem, o emissor actua sobre o receptor, afim de que este assuma determinado comportamento; há frequente uso do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade.
• Função metalinguística - função usada quando a língua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na análise de um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintácticos e/ou semânticos.
• Função informativa (ou referencial) - função usada quando o emissor informa objectivamente o receptor de uma realidade, ou acontecimento.
• Função fática - pretende conseguir e manter a atenção dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos publicitários (centra-se no canal de comunicação).
• Função poética - embeleza, enriquecendo a mensagem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradáveis, etc.

Linguagem humana

A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que mais profundamente distingue o homem dos outros animais. Podemos considerar que o desenvolvimento desta função cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação da mão, que permitiram o aumento do volume do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica facial.

Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada e escrita, o homem - aprendendo pela observação de animais - desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos surdos em diferentes países, não só para melhorar a comunicação entre surdos, mas também para utilizar em situações especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas que se podem observar entre si.

Linguagem e línguas: Taxonomia das línguas

As línguas do mundo foram agrupadas em famílias de línguas que têm semelhanças. Os maiores grupos são as línguas indo-européias, línguas afro-asiáticas e as línguas sino-tibetanas.

Línguas construídas

Uma das muitas línguas planejadas que existem, o esperanto, foi criada por L. L. Zamenhof. O Esperanto é uma compilação de vários elementos de diferentes línguas humanas cuja intenção é de ser uma língua de fácil aprendizagem, de forma a proporcionar a toda a população humana uma forma mais fácil e democrática de se comunicar. Hoje é possível encontrar recursos didáticos - gratuitos ou não - na rede mundial para aprendê-la; é uma língua viva em ascensão.

Outras línguas artificiais cada vez mais exploradas e conhecidas hoje em dia são as criadas por J. R. R. Tolkien, autor dos livros da série O Senhor dos Anéis. Segundo o próprio autor, ele criou todo um mundo de aventuras para ter um contexto e um lugar próprio onde inserir as línguas que tinha criado. Na lista de línguas que Tolkien criou podem encontra-se: Quenya, Sindarin, Adûnaic, Entish, Khuzdûl.

O número de línguas artificiais, geralmente chamadas conlangs (palavra que vem do inglês constructed language, "língua construída") tem vindo a aumentar a cada dia. Há vários sites na Internet que aprofundam o tema, contendo listas e breves introduções a centenas ou mesmo milhares de línguas artificiais. A maioria das pessoas que se dedica ao fenómeno, os chamados conlangers, fazem parte de uma lista de distribuição de emails: a CONLIST.

Idiomas minoritários e línguas minoritárias

Idiomas minoritários, como pode facilmente ser deduzido, são línguas utilizadas por certos segmentos minoritários de uma civilização. Muito embora, em certos casos, uma língua pode até ser falada pela maioria dos habitantes de um país em seu cotidiano, mas mesmo assim ser a língua não oficial ou nacional e, para todos os efeitos, permanecendo na condição de idioma minoritário. Um exemplo a ser citado seria o idioma tetum prevalente na nova nação (Timor-Leste), onde o idioma oficial nacional escolhido foi a língua de Camões.

Línguas minoritárias podem existir restritas à condição oral, isto é, somente falada ou podem ser também escritas (ou semi-escritas). Normalmente idiomas minoritários podem ser divididos entre duas categorias: Idiomas autóctones e idiomas alóctones. Autóctone significa natural da terra, indígena. Alóctone significa basicamente língua transplantada ou língua de imigração.

Muitas línguas minoritárias autóctones, como as indígenas do continente americano, adotaram um sistema de escrita europeu com forma de autonomia ante a adaptação.

Outras línguas transplantadas, ao passar do tempo, tornaram-se basicamente línguas faladas mas muito pouco escritas. Um exemplo disso é o idioma alemão cultivado no sul do Brasil por quase duzentos anos (em 2005) que é utilizado em casa e nos círculos mais íntimos, sendo que o português é a língua pública e escrita.

Vejamos alguns exemplos pertinentes ao Brasil: Na primeira categoria se encaixam idiomas nativos como o mbyá-guaraní, o caingangue (kaingang), o terena, etc... já na segunda categoria se enquadram línguas regionais brasileiras que resultaram da incursão de povos de fora, como o idioma alemão (nas suas distintas variações como o pomerano ou Pommersch Platt e o Hunsrückisch, também conhecido por Riograndenser Hunsrückisch ou Hunsrückisch Platt), o italiano ou talian, o japonês, o romani (um falar cigano) e o yorubá ou Iorubá (sendo que esta língua de origem africana permanece viva mais nos rituais religiosos afro-brasileiros, como no candomblé de Salvador da Bahia).

Além disso existem línguas que resultam de contato com o estrangeiro, por exemplo, brasileiros que habitam regiões fronteiriças e que, conseqüentemente, aprendem a falar castelhano (ou ao menos o chamado portunhol ou portuñol). Nas fronteiras dos Estados Unidos, similarmente, surge o falar Chicano ou Spanglish.

Ainda dentro desta categoria podem ser classificadas aquelas línguas novas que resultam de tais contatos, tomando vida própria e passando a funcionar como língua comum ou franca entre dois ou mais grupos de falantes de idiomas diferentes. Por exemplo, a Língua Geral do Brasil colonial, mas que é, ainda hoje, falada em certas localidades do Amazonas. E, também, comparativamente, pode-se citar o Jargão Chinook (ou Chinook Jargon) que surgiu no noroeste da América do Norte, que foi utilizado por diferentes tribos da região, por europeus e até mesmo por imigrantes chineses. Em ambos os casos, tanto a Língua Geral como o Jargão Chinook (pronunciado xâ-núk) surgiram formas escritas, além da oral.

Também temos os exemplos de línguas de contato adotadas através da incursão de brasileiros nas academias e universidades estrangeiras, por exemplo o francês e o inglês. As línguas artificiais ou construídas também são línguas minoritárias, inclusive a língua de sinais, conforme já citado neste espaço.
Também vale notar os regionalismos que surgem praticamente em todas as culturas do mundo. No Brasil podemos citar variações distintas da língua nacional que se desenvolveram através dos anos, como por exemplo as falas do gaúcho, do carioca, do nordestino, do capixaba, do baiano, do mineiro, etc.

Existem mais duas categorias distintas de falares freqüentemente ignorados quando se fala nas línguas do mundo:

A primeira destas classificações tratando-se das línguas inventadas por crianças e jovens para se comunicarem entre si em segredo na presença de adultos, geralmente de seus pais (play languages). Um exemplo disso é o chamado "pig latin" (Igpay Atinlay) que existe principalmente no mundo cultural anglo-saxão. No mundo cultural castelhano existe o jargão jeringonzo, também chamado de jeringonza e jeringôncio). No Brasil existe a chamada Língua do P.

A segunda destas categorias são as linguagens próprias de profissões ou de certos meios que são, muitas vezes, considerados de má ou questionável reputação. No mundo teuto (alemão) existe o falar Rotwelsch ou Gaunersprache (o falar da malandragem), sendo que seus equivalentes na Grã Bretanha, na França e na Argentina são, respectivamente, o cant, o argot e o lunfardo.

Um assunto controverso que tem emergido em certos meios já desde antes de virada do milênio é justamente a preservação e, até mesmo, o reavivamento de línguas minoritárias ou de línguas minoritárias em determinados contextos. O primeiro é o caso do irlandês na Irlanda ou do maori na Nova Zelândia - este último exemplo sendo considerado um dos grandes sucessos. O segundo caso, o do galego na Espanha, considerado por muitos uma variedade do português, ou o francês no Canadá pois são línguas internacionais mas com estatuto minoritário nesse contexto. Existe toda uma preocupação com o rápido desaparecimento de idiomas no mundo, especialmente com o advento da globalização.

A modo de exemplo, apesar de mais de duzentas línguas serem faladas na República do Brasil, a vasta maioria dos brasileiros acredita que se fala somente português.

Linguagens não-humanas.

Para muitos autores uma das principais distinções entre homem - animal ou Homo sapiens outros hominídeos se dá através da linguagem.

Estudos sobre os macacos chimpanzés (Pan) identificaram mais de cem sinais para comportamentos de jogo, agressão, alarme, organização do bando, sexo, etc. Esse número tem sido revisto com os experimentos de ensino da linguagem a primatas bem como com a análise da interação dos cães, especialmente pastores, com as atividades profissionais humanas.

Mas isso nem se compara à linguagem humana. Pesquisas sobre desenvolvimento da linguagem já identificaram entre estudantes de universidades um vocabulário de 80 mil palavras.

Linguagem formal

• Linguagem de programação
• Linguagem de computador

Referências:

1. ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da língua portuguesa. São Paulo (SP, Brasil): Saraiva, 2005.
2. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. 'Dicionário da língua portuguesa'. Rio de Janeiro (RJ, Brasil): Nova Fronteira, 2000.
3. Verónica Bicho, Funcionamento da Língua Portuguesa. Edições Sebenta
4. Saussure
5. http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u62045.shtml
6. Verónica Bicho, Funcionamento da Língua Portuguesa. Edições Sebenta

Fonte: Wikipédia - Linguagem

Estudante: Alana Priscilla Araújo Gomes

Leia mais ⇒

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Enviar por Email
  • Twiter
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati